terça-feira, 29 de novembro de 2011

Poetria

A poesia dos olhos de águia:
Ela vem chegando,
com seus glóbulos
vermelhos
infectados
aos extremos.

Assim que acordou do dia,
veio para noite
com uma sinfonia de cordel,
os dedos desceram
para dar às graças à este novo milênio,
que chegou sem seus campos,
e passou sem seus índios.

Mas voltou para floresta
e dormiu em uma praça.
Praça esta que apesar de não ser nossa,
era de toda aquela gente
que andava em seus cavalos,
e girava com uma rosa
nos ventos da boemia
carioca,
efervescente.

Tomou uma bula
e partiu.
Num piscar de olhos
estava vendada,
sem saber ao certo
se seria esta sua verdadeira
bonastia,
para um dia fértil
e indeciso.

domingo, 20 de novembro de 2011

Inspiração

O tema é este,
eu vi,
você viu,
todos nós vimos.

Vimos com os olhos vivos,
que se escondem dentro de computadores malucos.

Este dia vive bem mais feio ou bonito,
tanto faz,
mas vocês vão ver,
em branco e preto,
e verde,
sem chiado.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Hoje eu vi o amanhã

Hoje eu vi,
do jeito que a cidade passou.
Eu não quero mais remédios,
o menino chia, porém, este ar
que já não é rarefeito ainda falta no meu pulmão,
tóxico.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A poesia agita

Agita estes dias,
que são tão raros como
uma emenda de soneto.

Desde que me encontrei na música,
não emendo e me arremeto.
Um só coração.
Amém.

Mesmo que se gosta

Mesmo que gostasse
da minha rua calada e efêmera,
inúmeras seriam as vielas
para me deleitar em uma aula
dissenso, para dar de comer
aos meus sobrinhos.

Adoro pizza, mas a água,
a água como é tão violenta
nesta mesma bizarrice
extrema.