sábado, 14 de abril de 2012

Não se trata

Já não se trata ser de alguém que vive neste planeta.
Mas se trata ser de alguém que chegou para mim e disse:
-Cara, você acordou tarde mano,
para que crescer e ser você todos os dias
se você vive pensando na novela?

Os caras mataram alguém que não devia ao crime nem ao pai,
mas sim ao dia em que subia uma favela que não ve estórias nem cre na justiça divina.

Este cara era pacívo de algo que prediz, e também fere se for sanado.
A LUZ.

Sempre lá

Sempre estou lá,
estou sempre lá,
querendo você ou não,
a cabeça já não alcança,
você, ele, ou ela.

Mas sim o conjunto que façanha
a vida do mesmo produto que você conferiu,
igual.

O morto sobrevoa a cauda sonolenta da penumbra,
porém em habítices vermelhos,
os mares ainda mordem o olho daquele dia fatal.

Morte os senhores que ferem os dias clássicos
e os amantes que se dispersam em agonias fecundiais,
morbidamente.

Fico

Sentindo que meu eu já não
responde somente por mim,
vejo ao distante algo inesperado
sempre que ouço aquela batida.

Meu ar dispara em inalados que
parecem não mais soltar o pulmão aflito.

O corre colore as passagens lentas e mortas
até certo ponto. Em certo seria se eu estivesse
aqui, ou lá. Tanto faz a hora, o dia e a mordaça.
Porém o calo dos dois é passageiro,
sério se eu fosse.

Mais+

Escrever mais pra que
se os cantos já encantei?
Caminhar pra que, se este don de ser melhor
já habita o meu coração?

Nas palavras venho sentindo que o amor
é uma perola no meu caminho.
Amanhã estar para ser só mais um em meio ao mundo.
Este é o traçado dos ignorantes...