sábado, 30 de abril de 2011

Praia de Ipanema

É a mais linda,
é a mais bela?
Vamos ver hoje se é uma bela praia.
Até onde me toca eu tenho a rédea,
quando passar pra você,
será puro surto de festa.
Não presta, não presta?
Isto é o que te resta.
Valeu forasteiro,
segue sua rédea!

Minha nova

Voa razante um carrinho de rolimã.
Sai caindo um carro de Vargem Pequena.
Desce a trilha e se joga na levada.
Assim é que se faz uma estrada.

Cursos caros

Os cursos são tão caros,
minha mente tão distante,
vivendo eu vejo paisagem,
novo tempo?
Um tempo pra sonhar.

(Uso fruto O Rappa)

Balneário de prostitutas

O meu bairro é dez.
Copacabana é mil.

Laranjeiras é casa do Rio
e da cidadania amarga.

E a praia,
a praia é o balneário das prostitutas,
que pegam suas ervas daninhas,
e jogam a mercê dos leões para serem
a fada dos sonhos da novela e da TV.

Que vida burburinho esta de Ipanema!

O ecossistema é cruel

Cruel o eco-sistema que aflige a vida
de um homem que quer ganhar seu pão.
Cruel o eco-sistema que trata os bichos
com desprezo e rancor na hora de cortar sua carne.
Cruel o eco-sistema
que faz da vida o verdadeiro palco,
e que chega na cidade dominando o asfalto.
Bem digno seja
transeunte,
que ouve meus versos com nariz de palhaço.

A vida e a estória

A estória sempre vem traçada.
Rajadas de traçante
cortam as ruas do céu.
Impossíveis quadros de itinerários
mandam avisos de que as ruas vão estar caladas.
A pedra do meu chão é fria mas cinzenta,
e eu acredito que este seja o momento
onde o caos encontra o medo de se viver.
Casa imunda e mundana,
falando dos mal amados.

As Vitórias

As vitórias são sofridas.
Chegam ao mundo como um moinho de vento.

Enlouquecem nossa jornada,
e tornam tudo menor do que o grão da areia.
É verdade,
é mentira?
Até o Deus duvida.

As fitas

As fitas que me arrependo,
jogo todas na boca da lixeira.
Os vídeos que não curto,
vejo mais uma vez para aprender com eles.

A cara que não sinto?

Olho pela janela para ver se tudo está bem,
pois zen, chego ao espaço só com o contar da ponta
da minha lapiseira,
que dez vez em quando
passa pelos meus dedos com sintonia e severidade.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ele já vem

O sono já vem.
Eu vou dormir sem,
a amônia daquela daninha da praia,
e sem aquele fumo de tabaco que polui minha vida pulmonar.

Hoje estou só,
amanhã posso ir de bonde.

06:08hs

Marcam 06:08hs da manhã,
e a cidade já esta acordando.
Eu ando, vago e disparo
pelo cibernético mundo da rede.

Trabalhos e dilacerados corações pulsam a mil.
Abri mais uma cerveja,
que seja.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O sono é das crianças

Crianças querem dormir
e nós ficamos acordados.

Somos tão jovens na alma
que mesmo tendo motivos
para nos redimir
pegamos no sono quando nos vemos.

Que lado obscuro esta força.
Prefiro ser um herói bem sucedido,
do que o Clark Kent em declínio.

Fico na encolha,
engulo meu colo a seco.

Tenho vinho,
mas não minha benevolência.

O pandemônio é aqui

A correria é intensa.
Pessoas olham assustadas para nós e para si mesmas.
Ninguém sabe ao certo o que fazer,
mas parece que todas tem um olhar em comum.
"Como assim, somos nós que estamos na lua"?
Não, esta é a terra dos anjos,
onde muitos que sobem decaídos
voltam a ser como eram no início.
Cheios de vontade, e sem a perseverança
herdada de seus semelhantes.

Desce a lua,
os olhos brilham,
hora de voltar para a estrada.

Os ares

Os ares parecem originais.
As coisas são feitas de papel e de azul fosco.
Os homens chegam e festejam a sua noitada.
Eu durmo bem pesado, um sono que já passou.

Isto é elevação?
Acho que não,
é só a tontura que passa
na visão de nós mesmos.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A praia não me pertence

Se eu fizesse poesia,
seria declamada.
Se eu não soubesse das rosas,
elas seriam menos frias.

Mas a praia,
ela devia me merecer,
mas eu não choro por ela,
pois estou sempre vazio e ceio de mim.

Esses índios que eu não consumo,
terminam com uma frase que diz:

"Se eu for assim,
você me cale para sempre".

E eu acredito pia mente
que este dia vai chegar.

Cedo ou tarde,
ele vem.

A lua cheia

Ela brilhou com o
olhar dos mares,

ela surgiu com um caminho sem rumo.

A bicicleta parou ao ser varada por uma
rajada de canhões ao léu.

Quando seremos almejados,
por seres menos oportunos
que o mesmo eu do ser?

A males que não vem ao bem,
e esta condição me fascina.

Cidade Calada

Enquanto a cidade segue
calada,
eu adormeço meus passos
mais que um passarinheiro.

Ele dorme, eu acordo,
ele geme,
um morcego vôa.

Uma luz revigora,
o sonho vem alerta.

Piscam as luzes da eufonia,
mas meu sono ainda chega dor mente.

Como o caminhão
que de luz se acende
e revigora as almas da nossa jornada.

Você quer paz?

Eu quero amor.
E é assim que somos
jovens,
porém retrocessos.

Dores e lamentação,
só.