terça-feira, 31 de maio de 2011

Os sumidos da efigênia

Dona Sumira saiu de casa,
falou com o marido
e desceu as escadas dizendo que hoje
ia fazer um grande dia de sol.

Depois de muito tempo
ela percebe que está sozinha
sem marido e sem pressão de panela.

Pela janela da casa da visinha e, avisa:

"Dona Janina,
vamos fazer algo com que se pareça
com um prato de comida,
uma coisa menos feia
e menos chata que comer pão.

E todos ao seu lado dizendo:
"Vai lá, esta panela vai explodir".

Enquanto o gato comia
ela saiu três vezes
e entrou pela porta da sala
para bater um homenzinho.
Seu neto.

Daí ele diz:
Vó, acho que a comida queimou,
pois tinha um gatinho tinindo
que passou por aqui
e pegou o fogo da cauda.

Moral de estória:

Esqueça seus valores, pois eles
não servem para metade das pessoas
que comem da sua comida,
e não lavam seu prato!

Quem da Mole rala pouco

Beber é tão bom,
assuntos pertinentes do dia dia.

Gosto quando chego em casa e nada tem para fazer.
Gosto quando chego em casa e ninguém vem
me encher o saco pelas tabelas adiadas.

Então,
que mal lhe os diga,
eu sou de ferro e não aturo patrão,
então que se foda esta sociedade madura e extensa,
que eu já estou até aqui de saco plantão.

Boa noite.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Os dias

Os dias são iguais.
Nada muda além da sua
capacidade de acontecer.

O teto sobe pela rua
e desce uma ladeira bem íngreme.

O dia corre sereno e sem sol.
É outono no Rio de Janeiro.

O tempo segue ligeiro e
sobre nada a água desce lenta,
bem lenta.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Cheiro de toda Flôr

Você fede,
eu cheiro macio.
Você caga,
eu sofro sem frio.
Você é distante e mal feito,
mas eu sou espelho e saio sem dinheiro.
Você é você,
eu sou eu.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ruas e meus versos

Dizem que a rua
é morada de todos os amantes.
A casa não é minha,
eu calo com sabedoria.

Apenas abro uma porta
sem querer saber da casa da tia.

O jogo estia

Game over.

Acabou pra mim.
Sei que a vida pede passagem,
mas eu vou caminhar.

De olhos fechados,
desço a correnteza sadia,
a boemia ah de esperar.

Seco bebido,
vinho tragado,
mais um cigarro a boca
á de queimar.

Vento que passa,
linha que traça,
sem meta traçada á de beijar.

O punho da cigarrilha,
nesta linha mal dita, pedras no ar.

Som dissonante,
sem nenhuma meta traçada,
só a beirada a beira mar.

Nesta vida passageira,
meu eco ar de ficar.

Ruas Vazias

Ruas vazias iluminam meu destino.
Enquanto penso ser menino,
uma alegria me sustenta.

Quero ver emenda soneto e ponta pronta.
Mas sem afronta.
Não tenho medo do destino,
ele ilumina minha sede,
tenho sede,
por isso toco esta vida.

Abrir esta ferida.
É o que gera mais raiva,
mais ódio, rancor.

Gostaria ser pastor.
Mas passo o tiro e reto,
sem teto somente poesia.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O céu

O céu chegou em mim,
eu aturo o dia dele,
ele fala pelos olhos abertos,
ele cabe no meu coração.
Bolsos vazios,
éticas apáticas,
selos desinformados,
sempre para frente.
Jesus.

Itaipava

Itaipava é uma cidade perto,
da minha cidade.
Tem belas casas e belas damas,
famosas na cama, sozinhas na cidade.
Eu aturo mais do que queria
para estar no caminho da carne.
Cerveja, futebol e água gelada,
a minha levada.

Da Pista

Da Pista é vista,
é entrevista,
eu adorno e decoro,
e chamo pra fazer a festa.
Quem não quer que se exploda,
pois no rap eu apronto.
E não venha de afronta,
pois a casa sabe que já esta pronta!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O dia que a Terra tremeu

O dia que a Terra tremeu.

Era de dia, este dia
como todos os outros
houve sol. Hoje não tem
nada que chegue,
amanhã estaremos à mil.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Experimental

Experimental,
é o tipo de coisas que fazemos
quando testamos o sim e o não de
alguma coisa.
Nesta vida o passageiro é e será
um Deus do Olimpo.
Sem deuses não vivemos as loucuras
no dia dia.

Estes mesmos deuses
que já foram rechaçados no início,
hoje tornam breves a vida
de um transeunte.
Ou de uma dama efêmera na cama.
Eu posso e flutuo,
saio da vida para entrar na fama.