segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A pia molhada

Assim que ele apareceu,
nos revemos de novo,
ela com sua garganta seca,
ele com uma taça de vinho,
e assim falou:
"É de fruta, eu mesmo bebi".

sábado, 29 de janeiro de 2011

Anjo de Luz

O anjo de luz é ligeiro,
quem aparece para nós é ele.

Ele vem, aparece, se mostra por duas vezes
e vai embora.

Nós ouvimos outros espíritos no armário,
na porta bela,
em plena praia, está lá pegando sol.

Em cima da barraca.
Se os anjos falascem.

Chimarroa

Uma menina do sul,
com sotaque estrangeiro,
ela fosse do norte do Brasil,
seria mais impossivelmente bela.
Mas do sul ela sendo,
é uma sereia de olhos azuis,
verdes ou que qualquer me,
a mais que se veja.

Elas são reluzentes e radiantas,
as meninas sulistas.

Que diga Emiliana,
nome de boneca.

A praia de ipanema

A praia de ipanema,
não é a mesma sem os cigarros.
Não é a mesma sem a nossa parafernália de gelo,
não é a mesma sem as barracas vermelhas.
Sinto falta do meu Marlboro,
mas vejo que ele me traz alergias que não calo.
E que quero calar contra um tufão.
Ai minha larica.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vou parar de fumar

Sinto sangue na garganta,
sinto fumaça no meu pulmão,
ou hoje paro com o tabaco,
ou ele acaba comigo então.

Nova família

Sagrada família:
um coração em apuros,
um chão manchado de sangue,
uma pomba gira e um baião.

Quem vai fazer a couve?

Dorme que nem neném

Dorme neném,
que a cuca vai chegar,
papai foi à roça,
e mamãe foi trabalhar.

(Canto popular)

Vendo bananas

Nanica, da terra,
prata,
sem cabelo,
com casca sem casca.

De amarelas ou verdes,
mas sempre maduras,
fruta que semeia o café,
farto da manhã seguinte.

Eta suco.

Durmo como suco

Suco de melão,
suco de cajá,
suco de acerola,
com mel e limão.

Acerola com morango e cajá,
que vida ó céus!

Semeia na mente

Quase que julgo,
sem saber,
onde vejo a fonte da água,
acordo em semeia de novela, band.

Vou dormir sem tomar café com bolacha,
comi ovos e queijo minas,
Que atarefada!

De cara na água

Que os bons ventos tragam esta aguá gelada,
que ela venha na melhor das horas,
em que estamos com sede.

"Se fosse diferente,
aqui na minha quebrada",
eu comprava menos suco
e mais vitaminas!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

De cara limpa

O rosto nâo é só uma imagem,
é um programa de televisão.
A visão que temos é de todos,
e os pontos que fazemos ser o que vemos,
é o que remexe com nossos lábios.

Eu sou assim, nem belo nem feio,
apenas meu rosto da a visão,
do que sinto e o que vejo.
Sou um leão.

Sinto o que vejo

Eu sinto tudo o que vejo na minha frente,
se você souber o que quer,
com certeza está com caminho em seu lugar.

Se você não souber,
é por que não procurou nas mensagens,
todos estão em paz,
quando acaba a desordem dos deuses,
mas e o refrão,
não acaba nunca?

O canto do rouxinol

O canto do rouxinol é limpo.
Ele pula, salta e avoa.
Ele sobe e desce nas nuvens,
com sua linda canção.
Ele voa e revive, todo o seu cantar noturno.

E não se esqueça nunca da voz do canto,
ela é a voz de um pássaro reluzente,
de estigma essa nossa canção.

A casa cai sempre

Quem tem flagrante esconde,
"a casa cai sempre", dizia Sabotage.

Ele que era um líder,
tornou-se a voz da periferia,
aqueles que o admiravam,
admiram até hoje.

E cada vez mais,
ele é um líder com raça,
cor e espírito.

Este é o poeta do gueto,
o verdadeiro ele.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Não devo nada

Não quero explicações,
quero somente respostas.
Quem contrata mata,
quem anima samba e, os porcos fervem.

Ressonância

A cabeça gira e devo estar atento,
não quero perder a ilusão,
quero dormir numa máquina,
quero xerocar meu ânimo.
Tendencioso.

Sujo meu espaço

Sujo, sujo e sujo,
é assim o dia farto de lantejoulas,
como num carnaval.

Ecoa a água que o passarinho bebe,
eu curto as canções e os amores, não são demais.

Margem talento

Eu sou e quero ter ambição,
sou um cara astuto,
defino uma jogada,
como um sanduiche.

E vou pra casa trabalhar,
o trabalho me absorve e me dá água para beber,
em gravação.

Design digital

Assim como a terra,
marte é bem capaz, de dar pala.
Assim que achamos a tribo, encontramos nosso horizonte.

Eu sou cheio de semente que semeia as malditas,
e elas ao nosso alcance são como as estrelas,
brilham e apagam milhões de anos após.

Como uma dissonância de gêneros.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Minha galinha

Ela chora como uma cachorra,
mas pede que eu seja sua ovelha.

Eu não durmo enquanto não acordo,
mas sou chuva na sua casa, cheia de teia,
tenho raiva sim,
enquanto isso for passageiro,
quando não tiver mais nada,
durmo e sonho com esta noite inteira.

Estou revoltado

A revolta é sim nossa semelhantre,
quando sabemos que somos estafa,
somos sim vários mutantes.

Eu deixo sua vida,
para entrar na minha amanhã,
vou estar na praia e você na sua cozinha.

Quando durmo sou quase uma ovelha ao cair,
do céu das ruas da estrela,
para poder depois sumir.

Sumo não, assumo não é mentira,
da a desculpa,
depois que sabe que sou eu,
quer jogar a culpa em cima?

(uso fruto "De leve")

A coruja está acordada

Eu sei que sou forte,
o quanto antes eu ladrilho, entro pela sua boca,
entro na nossa quadrilha e roubo a sua cueca.

Se você for menina,
te dou o minha compaixão,
se você for homem, nada vou em vão.

Vamos andamos ,
e sabemos o que queremos,
sabe-se onde se for semeia,
a nossa casa e a nossa aldeia.

Disseram homens sabidos,
que você era uma rosa,
eu te falo minha amiga,
você vale a minha prosa.

Onde você quer achar

Você quer achar em que lugar?
Na boca,
na ceia, ou no pau?

Eu prefiro dar na boca,
pois é onde acho que encontro minha cerveja,
se eu for mais esperto peço uma tragada,
mas se não receber nada em troca,
te dou de grato feito.

Eu sei que não sou tudo o que você pensou,
mas guardo no peito um rancor nunca visto antes,
nado na água que eu semeio,
e entrro onde nada foi achado.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Bom dia

Já nasceu o novo dia,
amanhã será tarde, hoje ganho com meu presente.
De Deus só quero amor,
sem ódio e sem ganância, apenas um filho.

O cristo e oxalá

Oxalá se mostrou assim tão grande,
como um espelho colorido,
pra mostrar pro próprio cristo como Deus,
é uma espécie de mulato.

Sabe, eu vim saber eu vim saber,
sabe, eu vim saber eu vim saber.

Minha fé, é meu jogo de cintura,
minh fé, é meu jogo de cintura.

Eu parei de ceder

Agora eu só pago ou compro,
vender nunca mais.
A vida é uma fada de versos,
mas somos todos carentes.
Eu prefiro à dor ao sofrimento,
e não o sofrimento à mim.

Este é meu divã.

A festa está muda

Quando a festa parou,
eu não era mais nada.

Eu já fui e sempre vou ser,
um eterno viciado.
Games e paixão,
quanta dor ao cristo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A poesia dos ventos

Sopram ladeiras e tapumes,
o vigor do dia me agita,
eu sei que não sou forte, mas tenho sim um olho que ve magia.
Em casa dormindo sonho com os amores,
vejo uma corrente de rimas e desço para minha fantasia.
Subo, durmo, se melhor ser sonante,
dissonante.
Infante, juvenil, sem ser visto,
tudo acaba, numa máquina de velas,
encontro amigos e sei que com cautela,
se sabe mais que amar,
ver e assimilar,
uma conta de banco alta em poesia.

O homem que copia

O telefone toca,
é uma senhora vermelha,
ela passa reluzente,
e eu olho pela fresta da porta,
muita gente sabe o real instrumento,
a arte é um conto de poemas,
a verdade é o que nos resta,
a estória será contade de frente para baixo,
com muito amor e corações à mil.

A referência

A referência é de mentira,
eu sou um pró-ativo servante,
eu subo e desço o morro,
eu compro e vendo poesia.

A cidade cai ao relento,
e eu bebo mais do que podia ser pra beber,
quando acaba a madrugada,
tenho sonhos com o que a cidade pede.

Eu quero sair deste paralelo,
e entrar em outra dimensão.

A cabeça dos deuses são de verdade,
e eu quero só agir e pensar mais avante.

A pista ferveu

Sábado a gente se diverte,
vai ao shopping, dança.

Assim como eu andasce pra frente,
penso: "Será que a vida vai popar minha saída?"
Acho que vai,
pois somos todos um só coração.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A ilusão é linda?

Se a ilusão fossem meus olhos, eu seria um ilusor,
eu iludo mas não peço para isso. Eu compro tudo que tenho, pois tenhos vontade de ter o que não quero.
E peço sempre que necessidade apela, para minha verdadeira consciência,
ela sim pesa aos meus ombros e descem minha garganta como uma enchurrada,
ela é viva e isso me analtece.

Meu gato é um fardo

Eu queria ter um gato,
mas não queria que ele me olhasse,
queria que ele falesse e não ficasse mudo,
eu curto um bichinho,
bem especial, eu sou fã de animais, mas gatos, são especiais, como um ser inanimado, ele te pede e se alimenta, esse é o meu gato.

A cerveja é minha parceira

Sim,
o cigarro e a cerveja,
elas são emoções,
quando penso que estou bem,
estive bem melhor com elas,
com a cerva e o cigarro.

Por que somos tão emocionais?
Será que a vida nos leva às três solidões,
amigos, amor, esperança?

Quanta gente vêm atraz do nosso caminho,
é solidão ou esperança?
A cerva e a cerveja!

A gata da parede

A gata da parede
é uma gata,
ela pega e coloca seus braços na cintura dela,
acho que ela pensa, pensa em algo mais além,
além do que eu imagino,
eu já vi este filme.

Ele é bom, me traz boas memórias,
a vida é um jogo,
a gata da parede é melhor,
bem melhor que eu pensava.

A festa mais mamada

A festa,
ah, a festa.

Essa sim é nossa morada predileta,
quem diz que na roda de rima somos felizes ao extremo,
mentira!

Somos felizes é na festa, em trabalho em súde, a festa é o maior astral!

Por isso agradeço sempre
que um amigo faz uma festa, como é bom!

sábado, 15 de janeiro de 2011

O cocô mais perverso

Existem personagens,
e existem farsantes,
este seria o cocô mais perverso.

Só por que você tem vontade, ele bate na hora,
mas se você beber e depois for plagiar alguma idéia,
alguma coisa, ele vai subir e bater a sua porta de barriga:
"você lembra de mim? eu sou
um cocô,
mas você já esteve comigo antes".

E você, com certeza lembrará daquela dor de barriga insaciável, que vem ao anoitecer,
ou quando as cervejas que bebeu já não te servem mais,
simplesmente por prazer.

O mais voraz de todos os homens

Ele é frio e calculista,
ele só sabe que você está lá,
por que você o falou,

ele sabe que você é homem,
mas mesmo assim o desafia,

e então,
ele vai embora como quem não te pedisse nem para dar tchau,
mas você tem a sensação de que tudo está como era antes.

De dia e chovendo,
mas com vontade de dar uma barrigada.

O jantar a luz de velas

O jantar, é como a sereia,
que chega de mansinho na hora em que temos fome.

Ele vem, é servido em seu prato,
e você come como veemeia,
assim todos saciados, como num canto de uma sereia,
você se diverte e janta o quanto precisa jantar.

Após uma hora e meia tudo volta ao normal,
mas você nunca mais voltará a ser
a mesma pessoa,
depois de ter batido a larica.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A casa milagrosa

Lá estava ela,
uma mulher,
que devia estar pelo lado de fora e não pelo lado de dentro,
era ela ilhada em um telhado,
por uma corda ela foi içada,
como num resgate real,
e ela por sua vida subiu por mais de 10 metros,
uma parede de pedra,
e atravesou um rio em fúria,
a luta da vida teve um final feliz,
menos uma morte dentro de uma tragédia.

As vítimas da água

As vítimas da água foram inúmeras.
Inúmeras pessoas que perderam suas casas,
o poéta à essas horas chora a dor que muitos sentiram,
e deixa a escuridão onde por quem tiver alcançado, encontre luz no final da vida,

É a dor a solidão.

A chuva não acaba

A chuva parece não quer ter fim.
Um final de trajédia para muitas pessoas,
sonhos que escorregaram pelos rios,
a àgua que não termina.

O que vimos foi angustiante,
quem estava lá, viu,

E quem sobrou pra contar e ajudar as vítimas,
estava lastimado,
com a família que perdeu.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Minha casa minha cama

Minha casa é minha cama,
meu escritório,
meu boçal e avassalador isqueiro.

Se aqui eu fizesse menos fumaça,
saberia bem que não precisamos nem brincamos com água.

Água sim é passageira e veloz,
minha casa é como um rio de águas salgadas,
cheias de exatidão e sentimentos,
este é meu amor,
à vida.

O poeta arredio

O poeta arredio é um profeta,
além mar dele ser um cotidiano plasmurro,
ele se sente diferente,
só porque sabe rimar alhos com bocados,
e sim ele é um ditador infâme.

Ele sim é um cara como outros qualquer,
é um poeta,
e é infâme.

Broklyn das estrelas

Eu te apresento:
este é o broklyn das estrelas,
onde todos nós que buscamos conhecimento,
estão em todas as frentes televisivas.

Aqui não temos mais nomes,
nem parentescos próximos,
mas estamos vivendo uma dama,
um xadres ou ainda quem sabe,
uma bela duma buceta!

Sim, estes são os fatos que nos levam a crer,
que mesmo sendo variáveis,
nossos nomes são meus e de mais ninguém,

e ai de quem me adimire,
que eu miro mas não me erro!

O meu saber

O meu saber é o mesmo que o seu.
O meu saber é tão grande, e tão alto,
quando qualquer outro saber neste universo,
eu posso ter mais informações,
ou menos informações que você.

Mas sempre terei o meu saber,
ele é meu, e de ninguém mais,
este é com certeza,
o meu saber.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O dia já está avançando

O dia já raiou na minha cachola,
mas hoje eu preciso treinar a minha pura extamente visinhança,
ou será que estou vivendo meu sonho?

Porque os sonhos acabam?

Por que os sonhos acabam,
deveriamos ser felizes para sempre,
mesmo em viagens além na minha imaginação, eu penso:
Seria mais uma amada trajédia, sermos tão inquietos?
Isso já me basta.

O sonho virou pesadelo

Eu tive medo de ser eterno para sempre,
e me vi cercado por uma cidade que não era a minha.
Hoje depois de acordar acabado de uma noite falida,
vejo que em casa tenho algo a mais para me fortalecer:
Minha casa e minha geladeira, que tragédia!

A vontade de crescer

A vontade de crescer,
é maior que a alma dos leigos.
Onde sopram os ventos dos calmares,
a água inflama o ego da solidão.
É por isso que quando choro,
Não me sinto só,
mas em companhia de mais alguns estranhos.

Meu sonho era farça

Quando acordo tarde da madrugada,
Vejo que nada daquilo foi em vão.
Minha alma chora o verso de ontem,
e pede mais humildade,
àqueles que querem o meu bem.
Vejo hoje que isso,
não significa fama, e sim,
mau hábito dos mais velhos.