terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quem dera ser um peixe

Ser peixe é viver no mar
independe do seu coração,
e mais de nadadeiras.
Ela te molha as ventas
e segue-se vivendo
de um mar em alto e bom tom.
Sem dinheiro
sou como meu véu,
eu e meus pés passageiros,
sem calota nem pele.

O dia de São Nunca

Nunca são frases
nem números videntes.
São águas passadas
de estória sem escrita.
A festa é nobre e bela,
eles dançam sem prazer algum,
ela sobe como uma faca,
e corta toda nossa cabeça
de ponta aos pés.
Esta erva sede tudo
que quero agora.
Estar com você.

Telefone minha casa

Ele toca o dia inteiro
e pede pra ser chamado de eu.

Ele fala como se fosse vento,
e pede pra atualizar
a sacada da estória.

Que seja o que Deus quiser.

Ser feliz é ser fiel

Fidelidade é tudo.
Noite observa a erva das danas, sinhas da vida.
Ela segue e sente pouco.
Dor de cabeça é pouco para quem tem dente de sabre,
cara ou coroa na resposta da vida.
Ela sabe o que fazer de dia.

Deixa adiante

O menino era pra ser Jesus,
mas virou esquema de dores e sangue.
Chora, chora, chora a mãe
e o pai nem se lembra do menino,
ele chora e vê, ela segue e sente.
Dores de cabeça eternas.
Som e dor.

American Dream

Estou perdido
entre letras e frases,
meu sono é tão pequeno
quanto minha cama na seda,
durmo, durmo, acordo, relembro.
Que isso que temos em nossas cabeças?

Senha indefinível e melancólica.
Sede.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A natureza pulsa

A natureza pulsa,
ah como é belo.

Eles que sabem a hora de partir.

Eu sou só mais um neguinho
que saiu do Rio de Janeiro,
e curte fazer rap
na cidade o ano inteiro.

A menina dos cachos

A menina dos cachos de ouro
tem um nome só, é Maria,
ela bebe do que eu bebo
e gosta de sentir meu copo,
sigo na estrada,
e desço minha sacada,
quer mais 10.

Fode comigo

Dorme comigo esta noite?
Sou o trem que pede passagem.
Dorme dorme meu semblante,
que hoje eu vou a pé pra laje.

A idade da pedra

Eu tenho só 28 anos,
mas já sou velho para pracinha,
sim somos pássaros altos,
voa canarinho voa.

Azul e amarelo suando na ponte,
quanto joga desde cerejeiro,
sou de ação ao chão.

Supra sumo

Este é o carnaval,
onde a água corre mais rápido que o vulcão,
menina indescente.

Dorme, dorme

Dorme, dorme
que o dia já vem raiando,
avisto uma viatura,
lá do curral ela segue de longe
e da uma revoada.

Sua piranha velha
sobe esta janela
e avista seu ninho,
ele há de te pagar,
vacilou.

O livro

O livro de pernas abertas,
este é minha jangada.

Carnaval positivo

Ela me excita, ela me pede
pra ser mais eu.
Eu quero, eu almejo, eu sonho.
Mas meus pés nunca saem do chão.
Voa canarinho.

Eu sou assim

Morro de ciúmes dos meus prazeres.

Sou homem velho e já tenho meu ciúmes na farda,
gosto de amor tal qual gosto da fisiomia humana.

Mas não pisa no meu pé, que posso te dar uma rasteira,
é asism mesmo eu sou vagabundo quando penso no trabalho,
prefiro ser matuto a dar com pau.

A puta

A puta de olhos fardados
tem olhos transparentes.

Ela ginga para uma mina
e dá o pente do outro lado.

Ela que sabe se tem barreira,
mas chama pra dentro e não quer zombar,
é uma farça e como qual deveria ser ela
a bandida, piranha.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Quero

Sair mas não posso,
deitar mas não quero.
Pretendo ser mais eu,
mas sou menos antes do que agora .

Ah vida difamável,
que aplica uma agulha
quando entra em contra-pós-lição,
que serve de consolo
para meu próprio dilema,
efêmero.

Nova alma da humanidade

Chora agora,
ri porém em outro instante.

Dorme mais cedo pois é hora de lenha,
a lenha vem como um anzol,
que se abre em petalas de amor e traição.

Que não existe porém semeia,
a pérola de Jah.

Aventuras incessantes

Cessa tudo que não vejo.
Fecha a porta da escuridão.
Entra uma conversa sem fio.
Bate na porta um dilema natural:
Seremos felizes a qualquer instante?

Bem aventurado

Com poesias versantes eu vou.
Eu sou aquilo que desjo.

Meu corpo pede mais cerveja,
eu vejo e confirmo o que me deleita.

Sim é ouro a hora da nossa conversa,
eu peço para ir mais além.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Com razão a vida brinca

Dor? Sofrimento?

Este lamento é passageiro e melancólico.

Das horas em que vivi só,
com meu engenho e meu moinho daninho.

Às ervas da vida,
pobre, solteiro e descomprimissado.

O que mais posso quer da vida?

A solidez concreta de uma gelada amarela
e orgulhosa de si,
e de si para mim é uma grande parada
que se dá ao extremo de um país contínuo,
longo e flamejante.

Que venham as primeiras.

Que até aí eu fico só, mudo.

O vermelho é cor de rosa

Rosas se falam e se semeiam.

Eu entro liso e saio ileso
até quando a dor para.

O mar tem águas grandes,
as rodas rodam e se assemelham.

Eu curto, fico puto, mudo,
calado ao tom da morte.

Que me da prazer
e abraça o velho do oeste,
tingido de branco púrpura
e solidez adulta.

A vida é vinho, sangue e suor,
eu sou só dor e solidão.

Entre quatro paredes
a gente ilumina a paixão de Deus.

Um só,
e com razão.

Eu fodo com a poesia

Ela me satura,
ela me recrimina,
ela me dá anseios que só com ela consigo sentir.

Ela é carne e osso,
eu sou pão e vinho,
será que ela se cala?

O mundo é um engenho

Engenhos fazem e brilham tanto quanto o sol.

Nós construímos o que saberemos fazer
e seremos o que quiserem que fossemos um dia.

Uma inspiração, um canal.

O sereno pede paz

A paz que eu não quero
bate a porta das janelas vazias.

Almas entrelaçadas
entre passos e caminhadas.

Aquela praia que tanto te faz ser gente,
te traz também o vazio do passado.

A gente sofre e fica velho,
depois cai na água gelada.

Aquela dor, ela volta,
mas nós nunca mais seremos os mesmos
depois da pele macia de uma pera envelhecida,

O ócio.

Minha vida

Minha vida é o Rap,
até eu me aposentar com uma conta gorda e vacas magras,
pedindo sossego e uma agulha na vitrola.

Ah se Deus fosse moreno,
eu tinha uma bíblia!

Eu dobro a aposta

Se quer dinheiro,
então vou te dizer
essa fita tá sinistra o quanto que a gente vai ter,
algum trocado? Mano fala por favor,
que desse jeito tá foda dou pra você mó valor.

(Xingu Rap)

O cara da praia

Um kilo de que Jô,
se conhece quem?
Sei lá, sei não rei,
eu sou novo também.

Irmão, quendo ele falou,
um kilo, é o bicho,
a ficha caiu.

(uso fruto Mano Brown)

Nova janela

Abriu a porta do céu,
ele é o limite.

Você é um prego,
eu sou uma ovelha,
você daça e eu reflito,
eu xingo meu pai, e amo minha mãe.

O vento, ah, o vento,
como eu queria ser uma ave
para ver meu pai.

Que dor eu tenho.

Os homens de Deus

Os homens são de Deus,
enquanto ele lhes fala,
quando não ouvimos mais a mão divina em nossas orelhas,
como devemos saber se ela ainda nos admira?
Será que somos felizes?
Será que viramos o espaço?

O mundo está em chamas,
e nós que fizemos ele,
ó Deus do universo,
que nos ajuda a plantar a semente,
ature mas não nos use,
somos só votos de sua piedade,
senhor, das trevas, Deus.

Eu vejo o céu

Eu vejo o céu,
eu vejo os anjos decaídos,
eu vejo a vida andar por ela própria,
eu vejo dor e lamentação na hora da ceia.

As meninas são bem vindas,
mas nem sempre se assemelham a nós,
somos fruto de uma obsessão descriminalizada,
que sofre quando chama nossos corações ao céu e as estrelas,
eu vejo a vida.

Eu chego onde eu quero

Eu vou a pé,
eu vou de bike,
eu vou andando,
eu vou sorrindo.

Mas sempre vou
onde minha cabeça me mandar,
é pra lá que eu vou.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A papelaria abriu as portas

Que fechem as ervas daninhas
é época de vacas magras.

Assim como nada no berço
eu choro como bebes na selva,
eles tem dentes bem afiados
mas são tão pequenos
como rainhas no deserto.

Sou eu um pecador infame?

A engraçada da papelaria

Eu tenho seu papel,
eu sou um anjo.

Eu ando na terra
mas desço se for necessário
ao mar das águas azuis.

Você sabe que eu te admiro,
mas você não me fala nada,
ó Deus se me permitires,
tire a ignorância da minha fada.

A novela é uma praça

A novela,
ela que abre minha janela,
ela que fecha algumas portas.

Ela que sobe meu doce mundo dos sonhos.

Como eu gostaria de ser uma laje,
para estar sempre em cima de uma bela cabana se sapê.

Eu durmo com os deuses
mas sonho só com anjos,
será que sou normal?

Raiva pra que?

Raiva pra quese temos tantas alegrias?
Eu sou assim um poeta em sua vida.

Efemeridade sigo sentindo
e amando a cada passo.

Dor só de lamentação,
e mesmo assim em poucas palavras.

Assim eu sigo

Assim eu sigo minha vida,
sem nada na garganta
e nada pra exemplar.

Eu sigo adiante
e nada pode deter minha fãma,
eu sou poeta
e nada pode me deter.

Eu sigo adiante.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cura da ganância

Meu ócio é ser patrão.
Como eu queria dez e vinte,
vinte cinco as vezes,
pago o que eu conmsumo.

Eterno Rolê

Eterno rolê de camelinho
este que te traz e te leva
sem alguma chance de perder a água.

Ela vem e se afasta,
com você navegando ao leo.

Mar, doce mar,
brisa, doce brisa,
chá de cogumelo.

A praia bem dita

Diz-se que quando se vai à praia,
você se afasta das mazelas das ruas
e entra no circuito marítimo.

Ou seja, você ali deserto sem sombra.
Mas quem disse que ipanema não é astral?

O rango carne

O rango carne é uma delícia,
se come, se bebe,
e se larica a tarde toda.

Depois aquele rango preparado
e alá,
praia mantida!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Meu escudo

Meu escudo é um guerreiro,
um santo guerreiro.

Ele pula, xinga
e desce cantando contra o galo.

Ele sobe e desce
e nos da o devido valor.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Eu compro, eu vendo eu xingo

Eu compro eu vendo,
eu xingo loja.
Loja e uma merda bem dada,
voce vai, compra, se diverte e goza.

Ai voce sobe pra sala
e esquece que seu telefone
nao tava mandado.

A poesia proibitiva

Quanto mais palavras mais gestos,
quando mais cabecas mais fardo.

Eu hoje perdi meu celular,
mas amanha posso ir de bonde.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A casa carnificína

A casa carnificína é aquela que bate fecha,
abre quando tem mais o que salvamento de vidas afogadas em lágrima de desespero,
romântica e assética.
Somos Deus, o pão e o vinho.
Basta dar a casa.

O cilclo engloba

Entre globais somos banais,
entre amigos não somos nem temos inimigos,
entre família só a porta bate,
mas nem a fotografia apaga o que há de se amar,
em nosso chão, o ciclo engloba tudo.

O ciclo vicioso

Somos todos etéreos em nossas conquistas,
somos omissos em relação à dor,
mas fatais em relação à morte,
ela assombra nossos caminhos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nova janela

Abre a janela da favela,
é como vejo ela,
a cinderela,
americana.

(uso fruto "Hélio Bentes")

O bem aventurado

O bem aventurado
é o filho de Deus,
ele te olha e te aflinge,
em relação à paz que ele traz comsigo,
já dizia,
ele é bem melhor que o preço.

Dama glamurosa

Ela grita, ela agita,
ela é a rainha do sossego,
ele esperneia, e desce sentado,
ele é o cálice.

Punho cerrado

Punho em riste,
à espera de um sonante mágico,
ele que se apronta para entrar no ringue,
coisa feia meu filho, diz o tufão
e o cara briga,
eu sou da noite.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Rolé de carteirinha

Rolé de carteirinha é um de fã,
fã porque tem uma página de colors parecida com a sua,
e fã porque a noite prometeu assim
e você não teve mais como dizer que sim.

Então quem quer pele no osso?
Leva bala.

O azul da cor do mar

O mar é verde ou é azul?
Seria ele menos cor,
lorido do que uma bula de medicação?

Eu durmo com o horizonte,
cinzento e de neblina.

Rolé

O rolé é que nem um rolex,
vale mais que nota de 100!

Se você for à praia e estiver de camêlo,
sabe o que falam pra você?
Vai andar de bike!

A arte

A arte suga sua venta,
e da na água como uma pressão de haxixe,
ele é suado e com dores de resvalesca de benzol,
como antes de nada e depois de tudo.

Bom dia!

Bom dia,
este é um novo dia,
ele abençoa você pela nova alma,
e aquece nossa manhã pelo que se ve lá.

Estive tão longe,
que hoje saí da minha cama para ver o sol.

A guerra

O Egito é a paz,
na guerra todos correm
em busca dos seus direitos,
e o petróleo,
pede maiores preços.

O raiar do dia

O raiar do dia são duas cervejas,
elas descem como se bebe uma garrafa,
pequena, vezez duas unidades.

Bão de mais sô.

O posto e a bocada

Eu sempre somo quando vou ao caderno rabiscar,
é o mesmo que ir ao CPU,
sem tirar nem por.

Por isso sou tão bolado ao relento,
quero agora um sanduiche!