A poesia vive

A poesia vive, grita e revive no meu coração.
Vejo que de noite ela dorme
dentro do meu coração,

se esta casa fosse mais feia
eu viveria em harmonia com o meu senhor,
mas dizendo a verdade,
não vejo nenhum valor.

Se soubesses o quanto andas,
eu te deixaria em paz,
mais uma teia,
mais uma aranha,
para dar de comer na colher.

Ficasse você cheia de pontas,
eu haveria de desamarrar,
só para vela menos triste,
eu gostaria de te beijar,

Mãe você é uma fábula,
e deste mundo não vejo ilusão.
Nossas vidas cheias de prata,
se esbarram na solidão.

Eu até diria umas mil palavras
para poder não menos amar,
estar em casa, comendo meu lanche,
isto sim perfuma meu ar.

Acredito numa vida mais amena
com menos vícios e ilusões,
porém nesta rua tão fria e cinzenta,
só encontro o meu coração.

Você me diria mil palavras,
para decifrar o enigma da paixão,
porém,
dilacerado fosse o monstro,
eu o engoliria de arma na mão.

Iniciou o Carnaval

O carnaval vem chegando,
A festa do povo que imácula os ancestrais
e traz para minha vida
uma luz com esperança de um dia
ficar sozinho.

Como seria a vida sem esta festa infame,
que mostra-me a coragem
de ser o que quero
no momento oportuno.

Gostaria que meu velho estivesse aqui
para saber que em fevereiro,
seu filho está junto aos dele
em toda época festiva.
Bom carnaval Luiz,
aí no céu.

Tudo muda

Meu coração está mais certo,
de que este mundo não é só mais meu.
Eu vejo marés se desconstruírem de frente ao espelho
e homens cara de lata e ferro
sendo rosnados em tratores de misticismo e juventude
amassarem seus jornais.
Rasga roupa e entra o dia,
o filme roda dentro das cabeças de pedra.

Cada dia do resultado,
na partida dilacerante das jogadas Brasil, o verso
espera mais uma batida,
para fluir neste nosso grande país.

Terra brasílis,
terra da juventude paga, pra que?

Sim

Como você pode ser
tão diferente minha amiga gata?
Por que você não refez sua escola
assim como todos querem fazer os extremos.

Estou aqui agora a pensar
neste sábado desenvolvido,
naturalmente estivemos em sintonia
com nossos ares fumegantes.

Poros abertos
numa teia de calor,
o quente. Dias sem sono
como você podia saber.