A sombra da cabeça
paira nevoando
sobre os céus da minha cidade.
Os homens violentos
são como sobem as favelas,
para orar por suas mães
que já não lhes atingem.
Seus corpos são azuis
como as haras da cidade visinha,
e seus olhos são febrentos
como homens que sofrem
de real antipatia,
ou de mera ilusão passageira.
Somos por que somos,
e não por aprender
que cultivamos uma semente.
Seus seios são infames
como um inchame de abelhas
que beijam seus ossos
e correm por um adeus tardio.
Eu sou como sou
e não posso ir a nenhuma casa vazia,
chora agora?
Prefiro rir depois,
e por obséquio:
Será que tenho grana?
a minha mente se cala.
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